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Otite Média com Efusão (OME)

Com essa primeira postagem iremos conversar um pouco sobre as principais doenças da otorrinolaringologia que atingem nossas crianças.


O assunto de hoje será a otite média serosa ou Otite Média com Efusão (OME), como é denominada a presença de secreção (catarro) na orelha média sem sinais ou sintomas de inflamação e/ou infecção aguda, e com a presença da membrana timpânica íntegra.


Mas o que é Orelha Média?

Nossa orelha é dividida em 3 partes: Externa, Média e Interna.

Então, tudo que está entre o tímpano e as estruturas ósseas da orelha interna.

É na orelha média que se encontram os nossos "ossinhos" da audição (Martelo, Bigorna e Estribo).

Aqui no desenho da Enciclopédia Britânica a Orelha Média está em rosa.

Diferentemente da Otite Média Aguda (OMA), a famosa otite, a OME não apresenta dor de ouvido nem febre, com a criança muitas vezes sem reclamar de nada.


O principal sintoma observado é a plenitude aural, que é aquela sensação de ouvido tampado que temos sempre que descemos a serra, viajamos de avião ou quando simplesmente tampamos os ouvidos contra um som muito alto.


Como saber que o meu filho está com esse problema?

Primeiro de tudo, sempre procure seu médico de confiança, seja ele o otorrinolaringologista ou o pediatra. Lembrando que este problema também pode acometer adultos, principalmente aqueles que trabalham em altura ou submersos e pacientes submetidos à radioterapia na região da cabeça ou pescoço.

Segundo, alguns exames são muito importantes para o diagnóstico correto. Um deles é a otoscopia (aquele aparelho que é usado para ver dentro do ouvido) e o outro é a audiometria com imitanciometria. Neste último, consegue-se avaliar a existência de alguma perda de audição e como está a maleabilidade do tímpano.

O que causa?

Bom, sabemos que as crianças são as principais sujeitas a esta doença, principalmente por terem uma tuba auditiva (canal que comunica o nariz até o ouvido) mais curta e horizontalizada (reta), conforme vemos na figura esquemática abaixo.


Outros fatores que podem influenciar é a tonsila faríngea hipertrofiada (aumento da adenóide), resfriado ou gripe prévios, quadros de otites agudas anteriores.


Como tratar?

Após o diagnóstico correto é importante ter um plano de tratamento bem estruturado.

De acordo com os consensos mais atuais da Academia Americana de Pediatria (2004) e da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (2016) o uso de antibióticos está proscrito. Assim como descongestionantes e antihistamínicos.

O uso de corticoesteróides pode levar a uma melhora em curto prazo, mas em determinados casos observando-se a longo prazo parecem não influenciar no resultado.

O wacthful waiting, ou seja, o acompanhamento sem intervenção deve ser preconizado, principalmente se o paciente estiver sem queixas (sintomas).

Após 3 meses de conduta expectante, em caso de não melhora, pode-se pensar na opção cirúrgica.

A cirurgia baseia-se na drenagem da secreção presente na orelha média e a colocação de um dreno (tubo de ventilação).


Como prevenir?

Por mais que 90% das crianças apresente pelo menos um quadro de OME até a idade escolar, é importante conhecermos algumas dicas para evitar que esta afecção apareça com mais facilidade.


Vamos para algumas dicas:


- LAVAGEM NASAL COM SORO FISIOLÓGICO 0,9% e limpeza das secreções















Aqui um exemplo de como é super tranquilo realizar a lavagem nasal em crianças.



- VACINAÇÃO CONTRA O PNEUMOCOCO













- NÃO AMAMENTAR A CRIANÇA EM POSIÇÃO HORIZONTAL (DEITADO)













- EVITAR CONTATO COM FUMANTES












A seguir, a matéria publicada na Revista VOX Otorrino, sobre a OME.


FICHA TÉCNICA:

Otite Média com Efusão (OME)


APELIDO:

Otite Serosa


PRINCIPAL SINTOMA/QUEIXA:

Plenitude aural / ouvido tampado


POPULAÇÃO DE RISCO:

Crianças pré-escolares e escolares, profissionais que trabalham em altura/submersos / pacientes submetidos à radioterapia.


PRINCIPAIS CAUSAS:

Tonsila faríngea (adenóide) aumentada ou infectada, tabagismo na família, refluxo gastroesofágico, anatomia desfavorável.


TRATAMENTO:

Acompanhamento com exame físico periódico, medicamentos e em alguns casos cirurgia.

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